domingo, 23 de dezembro de 2012

Rena


rena (palavra de origem lapônia ou finlandesa, pelofrancês renne) ou caribu (na América do Norte) é umcervídeo de grande porte, com chifres, que vive emmanadas e habita latitudes altas. São característicos das regiões árticas do norte do CanadáAlaskaRússia,Escandinávia e Islândia. A origem da palavra "caribou" pode ser uma palavra em micmac, que significa "pata". O caribu é único entre os veados, pois machos efêmeas possuem chifres.
Em 1952 a espécie foi reintroduzida com sucesso naEscócia, onde se extinguira no século X. Há oito subespécies de rena reconhecidas, que correspondem às populações de diferentes áreas.

Descrição morfológica e habitual das renas


A rena apresenta dimorfismo sexual, sendo que os machos, de até 300 kg, chegam a ter quase o dobro do peso das fêmeas, alem de maior altura. Ambos os sexos têm galhadas, que são mais elaboradas nos machos. A Rena macho possui os maiores chifres, em relação ao tamanho do corpo, dentre todas as espécies de veados. As principais fontes de alimentação das renas são bambusfolhas de sempre-vivaservasrasteiras e principalmente líquenes. Este animais podem, no entanto, comer também pequenos pássarosovos. A rena tem dentes frontais apenas no maxilarinferior.

Sazonalmente, migra grandes distâncias para parir as crias. Também pode nadar. Possui pernas compridas, com cascos afiados e patas peludas que garantem a tração sobre terrenos congelados. Geralmente, a rena é silenciosa, mas seus tendões produzem ruídos secos e agudos que podem ser ouvidos a grandes distâncias quando viaja em grandes grupos.

Predação e outras ameaças


A rena é predada por lobos, seres humanos e, surpreendentemente, por águias-douradas (ou águias-reais); os corvos por vezes causam cegueira em renas recém-nascidas, perfurando-lhes e comendo os seus olhos, causando a sua morte prematura. Vários tipos de mosquitos e moscas, como a mosca preta parasítica Hypoderma bovis, podem molestá-las o suficiente para afetar a sua saúde e causar doenças.

A rena é bastante importante na economia das populações nativas do Ártico como os povos inuit e os habitantes da Lapónia. Estes povos domesticaram a rena como fonte de alimento e de peles e animal de tração. Para além das manadas domésticas, as renas são também caçadas nalguns locais pelos mesmos motivos.

Renas naturalizadas no Hemisfério Sul

Se o habitat destes animais tem sofrido grandes reduções nos últimos séculos, sobretudo devido a explosão do número de habitantes humanos por todo o Hemisfério Norte, houve um minúsculo mas curioso aumento territorial em seu favor.


Ocorreu que algumas renas naturais da Noruega foram introduzidas na ilha de Geórgia do Sul, noAtlântico Sul, por volta do início do século vinte, quando pescadores noruegueses ali haviam conduzido suas operações baleeiras.

Atualmente existem dois grupos distintos destes animais naturalizados nesta ilha, porém estes dois rebanhos estão permanentemente separados por montanhas. Seu número total não passa de umas duas ou três mil cabeças. (A bandeira e o brasão das Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul, que juntas formam um dos territórios oficiais do Reino Unido, possuem uma imagem de um destes veados rangíferos bem em seu topo).
Igualmente, a espécie R. tarandus também foi introduzida, em 1950, em algumas ilhas do arquipélago de Ilhas Kerguelen, um minúsculo território ultramarino da França, localizado bem afastado em meio ao Atlântico Sul, entre o sul da África, a Austrália e a Antártida. Após algum tempo, todos os animais existentes no arquipélago migraram para a sua ilha principal, que é bem maior do que todas as outras.
A presença do R. tarandus é considerada problemática pois é uma das piores pragas introduzidas por causa de sua agressiva interferência na ecologia natural da ilha. A ilha é constantemente batida por ventos fortes e gélidos e possui uma fauna e uma flora bastante especializada e vulnerável; há um número baixíssimo de habitantes humanos que permanecem na ilha. Neste contexto, as renas da ilha são caçadas pelos habitante locais.
Ambas estas populações do Hemisfério Sul (da Geórgia do Sul e de Ilhas Kerguelen) vêm sendo objeto de observações e de pesquisas científicas já desde antes da virada do milênio.

As renas no folclore

Na cultura popular, o trenó do Pai Natal, ou Papai Noel, é puxado por renas (presumidamente voadoras). Seria necessário que o treno se movesse varias vezes mais rápido que a luz para efetuar tal jornada.


quinta-feira, 12 de abril de 2012

Iguana

Iguana é um género de répteis da família Iguanidae, característico das zonas tropicais das Américas: América Central, norte do Brasil e região central do México.
O iguana da espécie Iguana iguana, também chamado de iguana-verde, é um dos répteis mais criados em cativeiro.
Têm hábitos arborícolas, isto é, vivem em árvores, podendo atingir 180 cm. Quando novos, os iguanas possuem uma coloração verde intensa, já quando maiores, apresentam, ao longo do corpo, listras escuras. A cauda de uma iguana possui dois terços do comprimento total do corpo. Iguanas podem ser criadas em terrário tropical húmido, por habitar florestas tropicais.












quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Lobo-marinho-antártico

 O lobo-marinho-antártico (Arctocephalus gazella) é uma espécie de lobo-marinho encontrado nas águas antárticas. Se reproduzem das ilhas Geórgia do Sul às Ilhas Kerguelen.
 Características
Pertence a sub-ordem dos Pinípedes (palavra derivada do termos em latim pinna e pedis - que significa "pé em forma de pena"), caracterizado como otarídeo, por sua orelha externa e membros posteriores tencionados para fora do corpo. Corpo delgado, com coloração variando de negro a marrom, com tons cinza prateados. Ventre ligeiramente mais claro. Focinho fino e pontudo, orelhas visíveis. Pelagem dupla, com pêlos escuros e grossos e abaixo desses, pêlos superficiais mais curtos. Machos adultos sempre maiores que as fêmeas. Dentes pós-caninos com formato tricúspide. Os machos adultos pesam cerca de 200kg, enquanto as fêmeas 60kg sendo que, os machos adultos atingem 1,8m, enquanto as fêmeas, em geral, não ultrapassam 1,5m.





 Distribuição
Ocorre ao longo de toda a costa da América do Sul, desde o Peru até o sul do Brasil. Em nosso litoral, concentra-se principalmente no Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos, em Torres, e na Refúgio de Vida Silvestre do Molhe Leste, no município de São José do Norte. Estima-se que sua população mundial está em torno de 2-4 milhões de indivíduos. No Brasil, a espécie ocorre principalmente nos meses de inverno e primavera, sendo os animais, em sua grande maioria, machos sub-adultos ou adultos, provavelmente oriundos do Uruguai.

Reprodução e tempo de vida

No Brasil não existem colônias reprodutivas da espécie. A reprodução ocorre em ilhas do Uruguai, Argentina, Peru e Chile. O acasalamento e os nascimentos ocorrem durante a primavera e verão, com início em outubro. Durante a estação reprodutiva, os machos podem formar e defender haréns com inúmeras fêmeas ou ainda defender áreas específicas dentro das colônias, chamadas de territórios. A fêmea dá à luz somente um filhote depois de 12 meses de gestação.O período de amamentação dura em média de 8 a 10 meses. Os lobos-marinhos podem viver de 15 a 20 anos.

Alimentação:

Alimentam-se principalmente de peixes e lulas.

Predadores:

Os principais predadores são as orcas e os tubarões, porém no Brasil ainda não existem registros comprovados dessas interações.

Ameaças

Eventualmente podem ser capturados acidentalmente em redes de pesca.

Ligações externas


 

 

 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Mundo dos Animais

Ursa polar Anoki, de 11 anos, brinca no zôo de Maryland nos EUA
O urso Sandro se refresca na piscina enquanto degusta frutas congeladas, em zoológico da Roma
Um hipopótamo espera sua refeição em zôo da Alemanha, onde acontecem os jogos olímpicos animais
Coruja de apenas cinco semanas segura rato morto com o bico no zôo de Eberswalde, na Alemanha

Em que o urso estava pensando?


Um flagrante no Dusit Zoo, na Tailândia, mostra o urso negro asiático em um momento reflexivo. O que será que esse grande e simpático animal estava pensando naquele momento?
Acho que estava pensando na sua amada hehe! Com saudades..

Ursídeos

Os ursídeos (latim científico: Ursidae) constituem uma família de mamíferos plantígrados, da ordem dos carnívoros, geralmente de grande porte, compreendendo os ursos e o panda.Embora classificado como urso, e logo após, como procionídeo, junto com o Panda-vermelho, o urso-panda foi recolocado dentro da família dos ursídeos devido às novas pesquisas genéticas. Algumas características comuns dos ursos são pelagem espessa, rabo curto, o olfato desenvolvido e as garras não retráteis. Os ursídeos são geralmente animais omnívoros.
As espécies mais antigas e primitivas desta família estão reunidas no Gênero Ballusia, do Mioceno Inferior, que ainda retêm características similares aos Hemicyonidae. Do Ballusia descende o gênero Ursavus, fonte dos Ursíneos, e talvez o Agriarctos, ancestral dos Agrioteríneos.
Os ursos existem em todos os continentes, em exceção na África, embora algumas fontes afirmem terem avistado o Urso nandi, sem no entanto comprovarem a sua existência.

Urso-pardo



O urso-pardo (Ursus arctos) é um mamífero carnívoro da família dos ursídeos. Várias subespécies espalhadas ao redor do mundo, entre as quais estão:

Aparência

O urso é um animal plantígrado, ou seja, a sola de seu pé toca totalmente o solo quando o animal se movimenta. A pelagem dos ursos-pardos varia do branco ao castanho-escuro, passando pelo dourado. A ponta dos pêlos dos ursos-cinzentos são mais claras, o que lhes dá a aparência grisalha.

Tamanho


O tamanho e peso são muito variáveis, os ursos menores podem pesar apenas 70 kg, ter aproximadamente 90 cm de altura na cernelha e 1,70 m de comprimento.Enquanto que alguns ursos já foram registrados pesando mais de 1 tonelada, com alturas de 1,50 m na cernelha e até 3 m de comprimento.

Dieta



O urso-pardo é um animal omnívoro. Sua dieta abrange vários tipos de alimentos, incluindo mariposas, larvas, frutas silvestres, mel, pequenos roedores, carniça e grandes animais como cervos e alces. Normalmente, evitam a presença de seres humanos, mas, uma vez que um urso-pardo equaciona homem igual a fonte de alimento, seja se alimentando de lixo ou sendo alimentado por turistas, ele pode se tornar um animal perigoso. Animais que desenvolvem hábitos alimentares dependentes da presença humana acabam normalmente sendo mortos pelas autoridades.

Hábitos



O urso-pardo é um animal solitário, contudo sabe conviver pacificamente quando existe abundância de alimento. Durante o inverno, ele busca covas e cavernas para entrar em estado de letargia, que pode durar até sete meses. Durante esse período, sua temperatura corpórea cai levemente (32 °C a 35 °C), e sua respiração e batimentos cardíacos diminuem drasticamente de ritmo. Também não come, não urina e não defeca neste período de hibernação utilizando energia apenas de sua gordura acumulada.O urso-pardo vive de 25 a 30 anos (máximo conhecido em estado selvagem é de 34 anos e em cativeiro é de 47 anos). Medem de 1,70 m a 2,50 metros de altura, e cerca de 3 metros em pé.

Reprodução


 A época de reprodução decorre de Abril a Julho e a gestação dura sete a oito meses, dando as fêmeas à luz em pleno Inverno. O urso recém-nascido é extremamente pequeno, medindo 22 ou 23 centímetros e pesando menos de 400 gramas. São cegos e sem dentes e só têm bem formadas as unhas dos membros anteriores. Estão cobertos de pelagem com pêlos finos esbranquiçados que rapidamente escurece. Aos seis meses são mais claros e aos 16 meses adquirem a pelagem do adulto de cor que varia do negro intenso ao amarelo claro passando pelo pardo. A fecundidade da espécie é elevada, dando as fêmeas à luz, de dois em dois anos, uma ou duas crias, conforme a idade.





Eles são muito fofos mesmo!!!

O urso pardo é o maior da espécie e um dos carnívoros mais agressivos do planeta. Mas as caretas e brincadeiras destes dois animais do Zoológico de Augsburg, no sul da Alemanha, explicam bem porque eles são inspiração para os brinquedos de pelúcia.



sexta-feira, 9 de setembro de 2011

"A Orca"






A orca (Orcinus orca) (popularmente conhecida como baleia-assassina) é o membro de maior porte da família Delphinidae (ordem dos cetáceos) e um predador versátil, podendo comer peixes, moluscos, aves, tartarugas, ainda que, caçando em grupo, consigam capturar presas de tamanho maior, incluindo morsas e baleias. O nome baleia assassina provém da tradução direta do inglês "killer whale" e, mesmo sendo incorreto, tornou-se popular, especialmente entre os leigos. É um predador carnívoro, sendo considerada como um animal de topo na cadeia alimentar. Pode chegar a pesar nove toneladas. É o segundo mamífero de maior área de distribuição geográfica (logo a seguir ao homem), podendo encontrar-se em qualquer um dos oceanos.
Têm uma vida social complexa, baseada na formação e manutenção de grupos familiares extensos. Comunicam-se através de sons e costumam viajar em formações que assomam ocasionalmente à superfície. A primeira descrição da espécie foi feita por Plínio, o Velho que já a descrevia como um monstro marítimo feroz. Até hoje só houve quatro casos de ataques fatais a seres humanos: um ocorreu na Malásia em 1928 quando um grupo de quatro orcas foi atacado por um pescador. Os animais, para defenderem-se, revidaram e atacaram o barco e o homem, que foi morto; o outro caso ocorreu em 1991, quando um treinador do Sealand of the Pacific no Canadá, foi puxado para o fundo do tanque onde estavam 3 exemplares de orcas, e morreu por afogamento. Em 1999, um dos três animais, um macho de nome Tillikum se envolveu em outro incidente, no Parque Sea World, em Orlando, Flórida, quando autoridades acharam o corpo de um homem afogado em seu tanque (não se sabe o que ocorreu, mas a suspeita é de que o homem - um turista - pulou intencionalmente no tanque, e não foi capaz de sair, apesar de haver marcas de ataque em seu corpo). E o quarto, e mais recente incidente envolveu também o macho Tillikum, no dia 24 de Fevereiro de 2010, também no SeaWorld, quando a treinadora Dawn Brancheau foi puxada para o fundo do tanque, ao fim de uma apresentação. [2]. Outros casos de incidentes ocorreram envolvendo orcas e seus treinadores, mas nenhum outro caso de morte foi relatado além dos já citados. Não há nenhum registro na história sobre ataques de orcas a seres humanos em alto mar.

Denominação

O nome orca foi dado a estes animais pelos antigos romanos, em princípio, derivado da palavra grega ὄρυξ que (entre outros significados) se referia a uma espécie de baleia.
"Baleia assassina" é outro dos nomes mais vulgares. Contudo, desde a década de 1960, a comunidade científica (principalmente a anglófona) passou, de novo, a utilizar mais frequentemente "orca". As razões para esta mudança de nomenclatura popular também está ligada ao fato de os leigos terem começado a interessar-se mais pela espécie, aprendendo, por exemplo, que este animal não é, de fato, uma baleia, ela pertence a família dos golfinhos. A denominação orca era já comum noutras línguas europeias - o aumento de pesquisas científicas sobre a espécie ajudou também a criar uma certa convergência na forma de nomear este cetáceo. Outra razão relaciona-se com o adjetivo "assassina" que parece ter implícita a ideia errônea de que seria letal para os seres humanos.[3] Orca é, quanto a isso, uma opção vocabular mais neutral.
Um grupo de orcas pode, de fato, matar uma grande baleia. Sabe-se que os marinheiros espanhóis do século XVIII designaram estes animais de asesina de ballenas (assassinas de baleias) por esta razão. O termo foi, depois, mal traduzido para inglês como "killer whale" (baleia assassina) - designação imprópria, mas que se tornou tão frequente que os próprios espanhóis (e portugueses) adotaram a "retradução".
Há quem continue a preferir este nome, argumentando que descreve bem um animal predador de outros, incluindo outros cetáceos. Além do mais, esta designação não provém, provavelmente, apenas do termo utilizado pelos marinheiros espanhóis. O nome do seu género biológico,"Orcinus" significa "do Inferno" (ver Orcus) e, ainda que o termo "orca" (usado desde a antiguidade) não esteja, provavelmente relacionado etimologicamente, a assonância poderá ter levado as pessoas a pensar que significaria "baleia que traz a morte" ou "demónio do Inferno".
É interessante verificar que línguas não-europeias continuam a designar este animal com termos igualmente intimidantes. Para o povo Haida das Ilhas da Rainha Carlota ao longo da costa da Colúmbia Britânica, a orca é conhecida como skana ou "demônio assassino". Os japoneses chamam-na de shachi (鯱), cujos caracteres kanji combinam os radicais para peixe (魚) e tigre (虎).

Alimentação

As orcas utilizam na sua alimentação uma grande diversidade de presas diferentes. Populações específicas têm tendência a especializar-se em presas específicas, mesmo com o prejuízo de ignorarem outras presas em potêncial. Por exemplo, algumas populações do mar da Noruega e da Groenlândia são especializadas no arenque, seguindo as rotas migratórias deste peixe até à costa norueguesa, em cada outono. Outras populações preferem caçar focas.
A orca sendo da familia dos golfinhos é o único cetáceo que caça regularmente outros cetáceos. Há registos de vinte e duas espécies de cetáceos caçadas por orcas, seja pelo exame do conteúdo do estômago, seja pela observação das cicatrizes no corpo de outros cetáceos ou, simplesmente, pela observação do seu comportamento alimentar. Grupos de orcas chegaram mesmo a atacar baleias comuns, baleias-de-minke, baleias-cinzentas ou, mesmo, jovens baleias-azuis. Neste último caso, os grupos de orcas perseguem a cria de baleia azul, em conjunto com a sua mãe, até ao esgotamento de ambas. Por vezes conseguem separar o par. De seguida, rodeiam a jovem baleia, impedindo-a de subir à superfície onde esta precisa de tomar ar para respirar. Assim que a cria morre afogada, as orcas podem alimentar-se sem problemas.
Há também um caso registado de provável canibalismo. Um estudo levado a cabo por V. I. Shevchenko nas áreas temperadas do Sul do Pacífico em 1975 registou a existência de restos de outras orcas no estômago de dois machos. Das 30 orcas capturadas e examinadas nesta pesquisa, 11 tinham o estômago completamente vazio. Uma percentagem invulgarmente alta que indicia que o canibalismo foi forçado, devido à falta extrema de alimento.
Mais frequentemente, contudo, as orcas predam cerca de 30 espécies diferentes de peixes, nomeadamente o salmão (incluindo salmão-real e salmão-prateado), arenques e atum. O tubarão-frade, o tubarão-galha-branca-oceânico e, com apenas um caso documentado, um jovem tubarão-branco, são também caçados pelos seus fígados altamente nutritivos, acreditando-se também que são caçados no sentido de eliminar ao máximo a competição. Outros mamíferos marinhos, incluindo várias espécies de focas e leões marinhos são também procurados pelas populações que vivem nas regiões polares. Morsas ou lontras marinhas são também caçadas, mas menos frequentemente. A sua dieta inclui ainda sete espécies de aves, incluindo todas as espécies de pinguins ou aves marinhas, como os corvos-marinhos. Alimentam-se também de cefalópodes, como o polvo ou lulas.
As orcas são muito inventivas, e de uma crueldade brincalhona impressionante nas suas matanças. Por vezes, atiram focas umas contra as outras, pelo ar, de modo a atordoá-las e matá-las. Enquanto que os salmões são, geralmente, caçados por uma orca isolada ou por pequenos grupos, os arenque são muitas vezes apanhados pela técnica da captura em carrossel: as orcas forçam os arenques a concentrarem-se numa bola apertada, cercando-os e assustando-os soltando bolhas de ar ou encandeando-os com o seu ventre branco. As orcas batem, então, com os lobos da cauda sobre o grupo arrebanhado, atordoando ou matando cerca de 10 a 15 arenques com cada pancada. A captura em carrossel só foi documentada na população masculina de orcas de Tysfjord (Noruega) e no caso de algumas espécies oceânicas de golfinhos. Os leões marinhos são mortos por golpes de cabeça ou pancadas com os lobos da cauda. Esse tipo de ataque deve-se, principalmente, ao fato de a mordedura das orcas não possuir característica de impacto suficiente para provocar a morte da presa sem causar ferimentos e/ou danos ao animal. Apesar da presença de dentes, estes não são suficientemente grandes para causar a morte da presa.
Outras técnicas mais especializadas são utilizadas por várias populações no mundo. Na Patagónia, as orcas alimentam-se de leões marinhos dos sul e crias de elefantes marinhos, forçando as presas a dar à costa, mesmo correndo o risco de elas mesmas ficarem, temporariamente, em terra. As orcas observam o que se passa à superfície, através de um comportamento designado de spyhopping, que lhes permite localizar focas a descansar sobre massas de gelo flutuante. A técnica consiste em criar uma onda que obrigue o animal a cair à água, onde outra orca o espera, para o matar.
Em média, uma orca come cerca de 220 kg de comida por dia.[11] Com uma tal variedade de presas e sem outros predadores que não o homem, é um animal bem no topo na cadeia alimentar.

Sons

Tal como os outros golfinhos, as orcas são animais com um comportamento vocal complexo. Produzem uma grande variedade de estalidos e assobios usados em comunicação e ecolocalização. Os tipos de vocalização variam com o tipo de atividade. Naturalmente que, enquanto descansam, emitem menos sons, ainda que façam ocasionalmente um chamamento bem distinto daqueles que usam num comportamento mais activo.
Os grupos sedentários têm uma maior tendência para a vocalização que os grupos nómadas. Os cientistas indicam duas razões principais para este fato. Em primeiro lugar, as orcas residentes mantêm-se no mesmo grupo social por muito mais tempo, desenvolvendo, assim, relações sociais mais complexas - o que implica também um maior desenvolvimento local e uma maior partilha de sons próprios do grupo. Os grupos nómadas, como ficam juntos por períodos mais passageiros (algumas horas ou dias), comunicam também menos. Em segundo lugar, as orcas nómadas têm maior tendência para se alimentarem de mamíferos, ao contrário das orcas residentes, que preferem peixes. As orcas predadoras de mamíferos necessitam, naturalmente, de passar despercebidas pelos animais que pretendem apanhar de surpresa. Usam por isso, apenas estalidos isolados (o chamado "estalido críptico") para ecolocalização, em vez da longa série de estalidos observada noutras espécies.
Os grupos residentes apresentam dialectos regionais. Cada grupo tem as suas próprias "canções" ou conjuntos de assobios e estalidos que são constantemente repetidos. Cada membro do grupo parece conhecer todo o repertório do grupo, de forma que não é possível identificar especificamente um animal apenas pela sua voz - é apenas possível identificar o grupo dialectal. Uma canção pode ser específica de um grupo ou partilhada por vários. O grau de semelhança nas vocalizações de dois grupos distintos parece estar mais relacionada com a proximidade genealógica dos dois grupos que com a proximidade geográfica. Dois grupos que partilhem um conjunto de ancestrais comuns mas que vivam em locais distantes continuarão a ter um repertório de canções muito semelhante. Isto sugere que as canções passem de mãe para filho durante o período de amamentação.

Que Linda Ursinha!



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Lindas Bruxinhas!








terça-feira, 6 de setembro de 2011

As Onça-pintada









A onça-pintada (Panthera onca), também conhecida como jaguar ou jaguaretê é um grande felino, do gênero Panthera, e é a única espécie Panthera encontrado nas Américas. É o terceiro maior felino do mundo após o tigre e o leão, e o maior do Hemisfério Ocidental.
Mamífero da ordem dos carnívoros, membro da família dos felídeos, é encontrada nas regiões quentes e temperadas do continente americano, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. É um símbolo da fauna brasileira. Os vocábulos "jaguar" e "jaguaretê" têm origem no termo da lingua guarani jaguarete.
Este felino manchado mais se assemelha ao leopardo fisicamente, embora seja geralmente maior e mais resistente. As características do seu comportamento e habitat são mais próximas às do tigre. Embora seu habitat preferido seja a densa floresta tropical, é também encontrado em uma variedade de terrenos abertos.
A onça pintada está fortemente associada com a presença de água e é notável, juntamente com o tigre, como um felino que gosta de nadar. Anda em grande parte solitária, mas é oportunista na seleção de presas. É também um importante predador, desempenhando um papel na estabilização dos ecossistemas e na regulação das populações de espécies de presas. Tem uma mordida excepcionalmente poderosa, mesmo em relação aos outros felinos. Isso permite que ela fure a casca dura de répteis como a tartaruga e de utilizar um método de matar incomum: ela morde diretamente através do crânio da presa entre os ouvidos,uma mordida fatal no cérebro.
Está quase ameaçada de extinção e seu número está em queda. As ameaças incluem a perda e fragmentação do seu habitat. Embora o comércio internacional de onças ou de suas partes esteja proibida, o felino ainda é frequentemente morto por seres humanos, particularmente em conflito com fazendeiros e agricultores. O felino tem sido largamente extinto nos Estados Unidos desde o início do século 20.
A onça faz parte da mitologia de diversas culturas indígenas americanas, incluindo a dos maias, astecas e guarani. Na mitologia maia, apesar de ter sido cotada como um animal sagrado, era caçada em cerimônias de iniciação dos homens como guerreiros.

Distribuição geográfica

A onça-pintada se espalhava, inicialmente, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. Porém, seu território de ocupação diminuiu sensivelmente. Costuma ser encontrada em reservas florestais e matas cerradas do Brasil, bem como em outros locais ermos onde vivam mamíferos de pequeno porte de que se alimenta.
Seu habitat preferencial são zonas florestais, mas a espécie também vive em planícies pantanosas, savanas e até desertos, sendo fortemente influenciada por regiões com corpos de água frequentadas por suas presas preferidas. Já foram encontradas em regiões acima de 3 800 m de altitude, mas temem as regiões montanhosas. Existem em praticamente todos os países da América continental: Argentina, Belize, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica (particularmente na Península de Osa), Equador, Estados Unidos, Guatemala, Guiana, Guiana Francesa, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela. Está extinta em El Salvador e no Uruguai.
No Brasil, os estados em que a onça-pintada existe são: AC, AM, AP, CE, BA, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PI, PR, RJ, RO, RR, RS (Parque Estadual do Turvo, aproximadamente de 4 a 6 exemplares), SC, SP e TO.
A inclusão dos Estados Unidos na lista é basicamente devido a avistamentos no sudoeste, principalmente no Arizona, Novo México e Texas.

Características físicas

Um exame mais detalhado mostra, contudo, que sua padronagem de pelo apresenta diferenças significativas. Enquanto o leopardo apresenta rosetas menores mas em maior quantidade, as manchas da onça são mais dispersas e desenham uma roseta maior, algumas delas com pontos pretos no meio. O interior dessas manchas é de um dourado/amarelo mais escuro que o restante da pelagem. Existem também alguns indivíduos melânicos, as chamadas onças-pretas. Elas não pertencem a uma outra espécie, e suas manchas ainda são facilmente reconhecíveis na pelagem escura; trata-se apenas de uma mutação genética na qual os indivíduos produzem mais melanina do que o normal, o que provoca um maior escurecimento da pelagem desses animais.
A cabeça da onça é proporcionalmente maior em relação ao corpo. Um exemplar adulto alcança até 2,60 m de comprimento, chegando a pesar em torno de 115 kg, embora, em média, os machos pesam 90 kg e as fêmeas 75 kg. A altura da cernelha é de aproximadamente 70 cm, sendo o maior felino das Américas.
A onça pintada é o maior mamífero carnívoro do Brasil, e necessita de pelo menos 2 kg de alimento por dia, o que determina a ocupação de um território de 25 a 80 km² por indivíduo a fim de possibilitar capturar uma grande variedade de presas.
A onça seleciona naturalmente as presas mais fáceis de serem abatidas, em geral indivíduos inexperientes, doentes ou mais velhos, o que pode resultar como benefício para a própria população de presas.
Apesar de ser tão temida, foge da presença humana e mesmo nas histórias mais antigas, são raros os casos de ataque ao ser humano. Como necessita de um amplo território para sobreviver, pode "invadir" fazendas em busca de animais domésticos, despertando, assim, a ira dos fazendeiros que a matam sem piedade. Por esse motivo, e sobretudo pela rápida redução de seu habitat, esse felídeo, naturalmente raro, ainda encontra-se a beira da extinção no Brasil.

Onça-preta

A onça-preta, também conhecida por jaguar-preto, é uma variação melânica da onça-pintada ou Jaguar, ou seja, a onça-preta e a onça-pintada são da mesma espécie (Panthera onca), mas a onça-preta possui mais melanina, que dá tonalidade escura ao seu pelo.

Alimentação

A onça-pintada é uma excelente caçadora. As patas curtas não lhe permitem longas corridas, porém lhe proporcionam grande força, fundamental para dominar animais possantes como antas, capivaras, queixadas, tamanduás, jacarés etc. Ocasionalmente esses felinos atacam e devoram grandes serpentes (jiboias e sucuris), em situações extremas. Na Venezuela foram registrados casos de onças a devorar sucuris adultas. Enquanto os outros grandes felinos matam suas vítimas, mordendo-as no pescoço, a onça o faz atacando-as diretamente na cervical, graças a suas mandíbulas poderosas, as mais fortes de todos os felinos e a segunda mais forte entre os carnívoros terrestres. Esses felinos frequentemente matam animais como a capivara e pequenos macacos mordendo lhes o crânio, sendo o único felino a fazer isto. A mordida de uma onça pode facilmente atravessar o casco de uma tartaruga. Apesar disso, a onça não se furta em comer pequenos animais se a chance lhe aparece.

Reprodução

As onças-pintadas são solitárias e só buscam a companhia de um par durante a época de acasalamento. A gestação dura em média 100 dias e até quatro filhotes podem ser gerados.
Os machos atingem a maturidade sexual em torno dos três anos, e as fêmeas, com dois anos. Em cativeiro, as onças vivem até 20 anos; já a expectativa de vida para as onças selvagens cai pela metade.
Na época reprodutiva, as onças perdem um pouco os seus hábitos individualistas e o casal demonstra certo apego, chegando inclusive a haver cooperação na caça. Normalmente, o macho separa-se da fêmea antes dos filhotes nascerem. Em geral nascem, no interior de uma toca, dois filhotes - inicialmente com os olhos fechados. Ao final de duas semanas abrem os olhos e só depois de dois meses saem da toca. Quando atingem de 1,5 a 2 anos, separam-se da reprodutora, tornando-se sexualmente maduros e podendo assim se reproduzirem.

Status de conservação

Atualmente, é classificada, pela IUCN, como quase ameaçada, indicando que pode estar em perigo num futuro próximo. O grande declínio do seu habitat no norte e a fragmentação nas outras regiões, contribuíram para o estado de ameaça iminente. Na década de 1960, houve uma diminuição significativa no número de indivíduos, pois anualmente mais de 15.000 peles foram exportadas ilegalmente da Amazônia Brasileira. A implementação do CITES, em 1973, resultou numa forte queda do comércio de peles. Estudos detalhados realizados pela Wildlife Conservation Society, mostraram que a espécie perdeu 37% da sua distribuição histórica, e possui um status de conservação desconhecido em 17% do seu habitat atual. Mais encorajador, a probabilidade de sobrevivência a longo prazo é considerada alta em 70% de seu habitat, notadamente nas regiões da Amazônia, do Gran Chaco e do Pantanal. As maiores ameaças ao jaguar são o desmatamento por todo seu habitat, a caça pela pele, a fragmentação dos habitats e o comportamento dos pecuaristas, que frequentemente caçam ou envenenaram as onças-pintadas para tentar proteger o gado.